Cidade mais fria da Bahia registra 9,9 ºC e enfrenta variação de mais de 23 ºC em um dia

Os moradores de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, enfrentaram neste sábado (19) uma amplitude térmica de mais de 23 ºC. Durante a madrugada, os termômetros marcaram 9,9 ºC, a menor temperatura registrada entre todas as cidades da Bahia. Mas, ao longo do dia, o calor voltou com força, e a cidade atingiu 33,4 ºC.

Mas por que tamanha diferença?

Ao contrário das cidades litorâneas, as regiões do interior do estado não contam com um fator natural que ajuda a equilibrar o clima: a maritimidade. Esse fenômeno é a influência direta do oceano sobre as condições climáticas, incluindo umidade, ventos e temperatura.

A água do mar, por ter alta capacidade térmica, aquece e esfria mais lentamente do que a terra. Por isso, nas regiões próximas ao litoral, as variações de temperatura ao longo do dia são menores. Já no interior, onde essa influência não chega, as oscilações térmicas costumam ser bem mais acentuadas — como acontece em Luís Eduardo Magalhães, que fica a mais de 900 km de Salvador.

E o fenômeno não é exclusivo da cidade. Em Correntina, também no oeste do estado, os termômetros marcaram 11 ºC pela manhã e chegaram aos mesmos 33,4 ºC à tarde. O município foi o segundo mais frio da Bahia no dia e, ao lado de Luís Eduardo Magalhães, figurou entre os mais quentes.

As baixas temperaturas durante o inverno são comuns no interior da Bahia. A estação, iniciada em 20 de junho, segue até 22 de setembro. Para se ter ideia, em 24 de julho do ano passado, Vitória da Conquista registrou 6,5 ºC, a terceira menor temperatura desde o início das medições, em 1976.

Veja o ranking das cidades mais frias e mais quentes da Bahia no último sábado (19).