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Ex-diretora de presídio na Bahia teria recebido R$ 1,5 milhão para facilitar fuga de facção criminosa, aponta MP

Ex-diretora de presídio na Bahia teria recebido R$ 1,5 milhão para facilitar fuga de facção criminosa, aponta MP

Por Redação

07/07/2025 às 12:53

Imagem de Ex-diretora de presídio na Bahia teria recebido R$ 1,5 milhão para facilitar fuga de facção criminosa, aponta MP

Foto: Foto: Reprodução

A ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, é acusada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de ter recebido cerca de R$ 1,5 milhão em troca de apoio a uma fuga de detentos ligados à facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), que posteriormente foi incorporada pelo Comando Vermelho (CV). De acordo com a denúncia, a ex-gestora atuou ativamente no planejamento e execução da fuga, utilizando sua influência política e administrativa para facilitar as ações do grupo criminoso.

Segundo o MP, Joneuma mantinha um relacionamento amoroso com um dos líderes do PCE, apontado como mentor da fuga em massa ocorrida no fim de 2023. A investigação revelou que, para garantir o sucesso do plano, a ex-diretora articulou mudanças estratégicas na gestão da unidade prisional, inclusive afastando servidores que se recusavam a colaborar com as irregularidades.

Conforme destaca a denúncia, à qual o CORREIO teve acesso, Joneuma usava sua ligação com o ex-deputado federal Uldurico Pinto para interferir diretamente nas decisões da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), promovendo contratações e demissões no presídio. Ao menos cinco servidores teriam sido afastados e substituídos por pessoas ligadas à ex-diretora — entre elas, a própria irmã.

No núcleo da operação criminosa, o trio formado por Joneuma, o líder do PCE e um supervisor do presídio definiu a realocação dos chefes da facção para duas celas específicas — de números 44 e 45, no Pavilhão B — de onde partiu a fuga. Ainda segundo o MP, foi acordado que os detentos fariam uma escavação direcionada ao teto da cela 44, permitindo o acesso à passarela superior e, em seguida, à área externa do presídio.

Para viabilizar a fuga, a ex-diretora teria, inclusive, fornecido uma furadeira utilizada na abertura do buraco. O equipamento foi fundamental para que os presos escapassem da unidade prisional.

As investigações seguem em andamento, e o MP aponta que, além dos ganhos políticos e operacionais obtidos pela ex-diretora, o envolvimento resultou em lucros financeiros milionários. A denúncia foi encaminhada à Justiça e aguarda desdobramentos.

 
 
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