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Presidente da Associação das Baianas critica versão doce do acarajé: “É um alimento sagrado”
Presidente da Associação das Baianas critica versão doce do acarajé: “É um alimento sagrado”
Por Redação
05/08/2025 às 18:00

Foto: Imagem: Reprodução
A presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos, manifestou forte reprovação ao chamado “acarajé do amor” — uma versão doce do tradicional prato afro-brasileiro, que tem sido servida com recheios como morango e doces em cidades como Aracaju (SE) e Maceió (AL). A adaptação ganhou destaque nas redes sociais após vídeos viralizarem, gerando polêmica.
Em entrevista ao PS Notícias, Rita Santos ressaltou a importância de preservar a receita original e o significado cultural do acarajé. “O ofício da baiana de acarajé foi reconhecido como patrimônio cultural do Brasil em 2005 pelo Iphan, e em 2012 pelo Ipac, aqui na Bahia. Em 2015, foi criado o Conselho Gestor da Salvaguarda, responsável por zelar por esse patrimônio”, destacou.
Na última sexta-feira (1º), a Abam emitiu uma nota de repúdio à nova versão do prato, alertando para o risco de desvirtuamento cultural. A entidade considerou a adaptação com ingredientes doces como desrespeitosa à ancestralidade e às tradições das baianas de acarajé.
Segundo Rita, cada etapa do preparo do acarajé tem valor simbólico. A alteração da receita original compromete a preservação da identidade cultural do prato.
“O acarajé é um verdadeiro patrimônio cultural. Cada ingrediente e cada gesto no preparo têm significados profundos, transmitidos de geração em geração. Modificar a receita não muda só o sabor — muda a tradição, a história. Esse prato representa a identidade do povo afro-brasileiro, e preservar sua autenticidade é um ato de respeito à nossa cultura”, concluiu.

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